Reforma Administrativa

Os serviços públicos no Brasil precisam ser modernizados e não destruídos como querem alguns, Elevar o debate sobre o papel de servidores no Estado para além de frases feitas é urgente
Me entristece assistir a mesma população que depende de policiais, enfermeiros, médicos, bombeiros, agentes de trânsito, fiscais, defensores públicos, agentes de serviços de inteligência, controladores de vôo entre tantos outros servidores públicos que às vezes nem nos damos conta que existem, taxá-los de ‘acomodados’, privilegiados, um peso para o estado.

Entendo também que isso infelizmente é resultado de uma campanha muito antiga de difamação das carreiras públicas que visa um estado fraco e presa fácil para esquemas de corrupção e terceirização de atividades essenciais, gerando assim mais lucro para meia dúzia de barões que saqueiam o Brasil.

E dizer isso, não é dizer que acredito que o serviço público não tenha suas falhas, ou que não precise ser modernizado. Pelo contrário, deve ser possível transformar cargos que ficaram obsoletos, como datilógrafos, em atividades mais atuais, aproveitando os seus eventuais ocupantes em novas funções e assim prosseguir com a digitalização e modernização de nossos aparelhos públicos.

Agora, curiosamente, a proposta enviada por Paulo Guedes ao Congresso não toca exatamente na elite do funcionalismo, formada por políticos, militares, juízes e procuradores, os verdadeiros beneficiários dos tais supersalários, mega-férias e demais privilégios obscenos em um país como o Brasil.

O Brasil tem 11,4 milhões de servidores, grande parte em áreas sociais – apenas na saúde e na educação municipais, são 2,6 milhões. Metade desses ganha menos de R $2,7 mil por mês – antes dos descontos. Em 2018, metade dos funcionários públicos ganhava até 3 salários mínimos (R $2,9 mil). Apenas 3% ganhava mais do que 20 salários mínimos (R $19,1 mil).

Por sorte, e pela luta incessante de servidores pelo país, tudo indica que por hora essa proposta de reforma foi freada no Congresso Nacional e isso atrelado a um efeito da pandemia, que provou a necessidade de um país ter serviços públicos de qualidade, como o nosso heróico SUS e seus profissionais, abre uma janela de oportunidade única para debatermos melhorias nos serviços públicos sem entregá los nas mãos das rapinas do setor privado ou de políticos afeitos a esquemas de rachadinhas e superfaturamento de vacinas. “

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